Mães atípicas
- Karina Nascimento - advogada

- 3 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Mães que criam crianças com deficiência são conhecidas como mães atípicas. Esse termo foi criado para reconhecer a diversidade de experiências e abordagens maternas, destacando que não existe apenas um modelo único de maternidade. Além disso, o termo também pode ser usado para identificar mães que enfrentam desafios ou circunstâncias incomuns, como mães com deficiências.
Essas mulheres enfrentam enormes desafios e enfrentam preconceitos enquanto cuidam de seus filhos, pois estão sempre lidando com o desconhecido, aprendendo a aceitar e abraçar as diferenças, enquanto enfrentam o preconceito e a falta de compreensão da sociedade.
Após o diagnóstico de seus filhos, além de todas as barreiras enfrentadas, elas precisam se adaptar a uma nova realidade, enfrentando um mundo de médicos, diagnósticos, preconceitos, negligências e muitos outros desafios.
Além disso, as mães atípicas também precisam equilibrar sua vida pessoal e profissional, ao mesmo tempo em que sentem o medo de não conseguirem ser boas mães para seus filhos que precisam de cuidados especiais, o que acaba afetando sua saúde mental.
Segundo a psicóloga Mariana Sotero Bonnás: "É muito importante que as mães, assim como suas famílias, aprendam que cuidar de si mesmas não é egoísmo, pelo contrário, quando as mães se cuidam, isso reflete no bem-estar de todos ao seu redor".
Portanto, é extremamente importante que essas mães tenham o suporte necessário, tanto emocional quanto prático. Elas precisam de um sistema de apoio que as ajude a encontrar recursos, terapias e profissionais especializados, além de um ambiente seguro onde possam compartilhar suas experiências, trocar informações e encontrar forças umas nas outras.
Na visão de uma mãe atípica, Mariana Medeiros, mãe de uma criança com TEA, afirma: "Ser mãe de uma criança autista é ter uma jornada duplamente desafiadora. É vivenciar os desafios naturais de ser mãe e também os desafios diários de conciliar o cotidiano com as terapias".
Não podemos esquecer que a sociedade como um todo também desempenha um papel fundamental nesse processo. É necessário aumentar a conscientização e a inclusão, tanto na família quanto no ambiente educacional e profissional. As mães atípicas e seus filhos merecem respeito e igualdade de oportunidades, independentemente de suas limitações.
Além disso, ser mãe atípica também traz um aprendizado único e uma força interna que muitas vezes nem elas mesmas sabiam que possuíam. Elas se tornam verdadeiras guerreiras, capazes de lutar incansavelmente pelos direitos e bem-estar de seus filhos.
Em suma, ser mãe atípica é uma jornada cheia de desafios, mas também de amor incondicional e superação. Essas mulheres merecem todo o reconhecimento e apoio por enfrentarem diariamente as adversidades e lutarem incansavelmente por seus filhos. É essencial que a sociedade se envolva nessa causa e trabalhe para proporcionar um ambiente inclusivo e acolhedor para todas as mães atípicas e seus filhos.
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